Sinto que, até San Francisco, a viagem transcorreu muito bem e o roteiro funcionou de forma satisfatória. Gostaria de deixar aqui um relato sobre a parte final da viagem, com o intuito de oferecer um feedback que considero importante.
Os problemas, para mim, começaram a partir da saída de San Francisco. A maior frustração foi em Los Angeles, onde praticamente nada funcionou bem, ao menos na minha experiência. Tivemos apenas um dia para conhecer uma das cidades mais emblemáticas dos Estados Unidos, e tudo foi feito de forma apressada e mal planejada.
Um dos maiores equívocos foi a escolha do hotel em Anaheim, que só é vantajosa para quem vai à Disneyland – o que não era o caso do nosso grupo. Em San Francisco, embora também tenha sido uma passagem corrida, a experiência foi mais proveitosa. A cidade é menor, o hotel era bem localizado e, nos momentos livres, consegui explorar por conta própria, usando Uber ou Lyft. Já em Los Angeles isso foi inviável. Ficamos isolados, e nosso tempo livre se resumia ao quarto do hotel ou ao Downtown Disney. Por causa disso, deixei de conhecer lugares essenciais como Venice Beach e Santa Mônica. Em vez disso, fomos levados a Long Beach, onde não havia muito o que fazer, exceto visitar uma outlet pequena, com poucas lojas abertas.
Outras escolhas também me pareceram equivocadas, como a visita a Beverly Hills – cujo único atrativo foi uma fonte com o nome da cidade – e ao estádio olímpico. São locais interessantes, mas dificilmente seriam prioridade para alguém com apenas um dia na cidade. Hollywood foi outra decepção: tivemos pouquíssimo tempo para explorar a região, e a tão esperada vista da placa de “Hollywood” foi de um ponto tão distante que sequer permitia uma boa foto. Sinceramente, assistir a um vídeo no TikTok teria me proporcionado uma sensação melhor de visita ao local.
Fico me perguntando por que, em vez de perder tempo em Long Beach, nos estádios ou em Santa Bárbara e Carmel outras paradas igualmente corridas e pouco proveitosas, não nos levaram a um bom ponto para fotos com o letreiro de Hollywood, por exemplo. No fim das contas, tive a sensação de que sequer visitei Los Angeles – e, pior, a cidade me deixou uma impressão tão negativa que não tenho vontade de voltar.
Para agravar a situação, o guia de Los Angeles parecia apático e repetia falas decoradas, como um gravador, sem demonstrar entusiasmo ou conexão com o grupo.
Ao longo do trajeto, percebi que havia muitas referências a filmes gravados na cidade. Imagino que seja porque, de fato, é mais fácil “conhecer” Los Angeles assistindo a esses filmes do que visitando a cidade nas condições em que fomos.
Foi, infelizmente, um final decepcionante para uma viagem que vinha sendo positiva até então.